drogas
Composição e ação no organismo
A chegada do crack ao sistema nervoso central leva, em média, de oito a 15 segundos. A ação da droga no cérebro dura entre cinco e dez minutos.
É obtido a partir da mistura da pasta-base de coca ou cocaína refinada (feita com folhas da planta Erythroxylum coca), com bicarbonato de sódio e água. Aquecido a mais de 100ºC, o composto passa por um processo de decantação, em que as substâncias líquidas e sólidas são separadas. O resfriamento da porção sólida gera a pedra de crack, que concentra os princípios ativos da cocaína.
O nome ‘CRACK’ vem do barulho que as pedras fazem ao serem queimadas durante o uso. A diferença entre a cocaína em pó e o crack é apenas a forma de uso, mas o princípio ativo é o mesmo.
Pode conter as seguintes substâncias tóxicas: cal, cimento, querosene, ácido sulfúrico, acetona, amônia e soda cáustica. Estas são as mais comuns.
A pureza vai depender do valor pago na matéria-prima pelo produtor. Se a cocaína for cara, é misturada com outras substâncias, para render mais. Se for de uma qualidade inferior, pouca coisa ou nada é adicionado.
A ação do crack no cérebro dura entre cinco e dez minutos, período em que é potencializada a liberação de neurotransmissores como dopamina, serotonina e noradrenalina.
O efeito imediato inclui sintomas como euforia, agitação, falsa sensação de prazer, irritabilidade, alterações da percepção e do pensamento, assim como alterações cardiovasculares e motoras, como taquicardia e tremores.
O crack surgiu nos Estados Unidos da América na década de 1980 em bairros pobres de Nova Iorque, Los Angeles e Miami. O baixo preço da droga e a possibilidade de fabricação caseira atraíram consumidores que não podiam comprar cocaína refinada, mais cara e, por isso, de difícil acesso.
No Brasil, a droga chegou no início da década de 1990 e se disseminou inicialmente em São Paulo. O consumo do crack se alastrou no País por ser uma droga de custo mais baixo que o