Drogas
45547 palavras
183 páginas
Intenciona-se explanar o objeto de estudo deste trabalho de modo estruturado, lógico e detentor de cadência palatável à compreensão objetiva. A proposta principia pela conceituação da matéria, onde figuram, de maneira mais abrangente, as drogas legais, as controladas e as ilícitas. Em seguida eis traçado o panorama histórico, breve relato dos usos e costumes desenvolvidos pela civilização no decurso de sua existência. Prossegue-se com descrição exaustiva dos tipos disponíveis, seus respectivos efeitos diretos no corpo e mente, além dos efeitos colaterais possíveis. Após, faz-se útil o embasamento legal, lei de número 11.343, de 23 de agosto de 2006, para então se definir, ou melhor, se enveredar ao foco do trabalho, a substância Ayahuasca (“chá do santo Daime”). Dar-se-á alento ao pretendido trazendo à tona a situação jurídica da erva nos EUA, as condições antecessoras que ensejaram seu taxamento de ilícita, e mormente, com a reprodução das recentes reportagens sobre o assassinato do cartunista Glauco e filho. A ponte de aproximação dos questionamentos finais pavimenta-se com julgados, os quais tiveram como fator gerador do crime as drogas, ainda que indiretamente, e atenuantes, quaisquer situações referendadas efetivas ou não. Hipócrates, pai da medicina, ensina "Para males extremos, extremos remédios, levados ao máximo rigor, são os mais válidos." Todavia, apontar de maneira inequívoca o que veramente se traduz como mal extremo, no tocante às drogas e a toda realidade por ela vertida, configura-se , se não assaz improvável, ao menos inapropriado. De fato perfazer uma conclusão segura do tema pode parecer tendencioso, pretensioso ou quiçá leviano, assim exemplifica a N.A. (narcóticos anônimos) com sua lista de trinta perguntas ao ingressante do grupo, na qual a verdadeira importância reside não no número de respostas afirmativas dadas pelo candidato, antes no sentimento de remorso originado por elas, uma espécie de ressaca moral tardia.