Drogas
Na chamada escravidão, a liberdade e a vontade são inexistentes. O que existe é a coerção, outro aspecto da escravidão, o trabalhador não se desliga definitivamente dos meios de produção porque a coerção se estende à sua vida pessoal, o que no contrato de trabalho definitivamente não deve existir por pior que seja a relação. O trabalhador tem vida própria e o poder do empregador não se estende até a sua vida pessoal, o trabalhador deve continuar com a possibilidade de ter a sua vida pessoal, a liberdade pessoal, o que definitivamente não acontece nesses casos chamados de escravidão branca ou contemporânea.
A partir do momento em que o trabalhador encontra-se no recrutamento, aliciamento até o momento em que se encontra na propriedade e inicia as suas atividades, vai sendo envolvido naquela situação. Exatamente desde o momento do recrutamento, durante a viagem, a permanência por alguns dias nas pensões, vai renunciando gradativamente a essa liberdade, a essa vontade.
Uma das dificuldades é distinguir o subemprego e trabalho forçado. Pois o trabalho forçado permanece oculto no seio de famílias e de comunidades, dificultando a identificação. O Brasil reconheceu perante a Organização das Nações Unidas (ONU) a existência de pelo menos 25 mil pessoas reduzidas anualmente à condição de escravos no país, segundo a diretora da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Laís