drogas e teologia
Desde a pré-história diferentes substâncias psicoativas vêm sendo utilizadas para um leque de finalidades que se estendem desde fins lúdicos, místicos e religiosos até para obtenção de prazer. Diante disso, percebe-se que dependendo da finalidade do consumo se dão os efeitos das drogas, ou seja, há outro caminho para se pensar e discutir que não se detém somente no fármaco como responsável pelos comportamentos dos indivíduos, mas sim no sujeito inserido no seu contexto social, sob a perspectiva de fatores psicológicos, sociológicos e culturais que moldam motivações, experiências e comportamentos (MALHEIRO, 2010).
O uso de substâncias psicoativas no Brasil, sobretudo aquelas consideradas social e legalmente como ilícitas, está inserido no contexto cultural, político e econômico, que se transformou rapidamente no curso do século XX, ocorrendo um processo de criminalização e aumento da ação repressiva do estado, sobre algumas formas de produção, comércio e consumo de tais substâncias. As drogas ilícitas foram proibidas, não por sua composição química ou pela comprovação científica de danos à saúde, mas por questões políticas e econômicas, tendo efeito sobre as formas de “tratamento” médico e judiciário, assim como sobre a criminalização dos usuários dessas substâncias (MALHEIRO; MACRAE, 2011).
Lidar com as drogas exige uma solução intersetorial. Não é problema apenas da polícia, mas, de uma ação integrada entre componentes e instituições das diversas áreas do conhecimento e da gestão pública nas instâncias municipal, estadual e federal.
DESENVOLVIMENTO
Conceituação
Segundo definição da Organização Mundial da saúde (OMS), o termo droga refere-se a qualquer substância não produzida pelo organismo que tem a propriedade de atuar sobre um ou mais de seus sistemas, causando alterações em seu funcionamento. Na mídia, como em alguns trabalhos acadêmicos, o termo ‘’droga’’ está normalmente atrelado à descrição de substâncias psicoativas ilegais e, por