DRENAGEM DE TERRAS AGRICOLAS Prof. Luiz A. Lima – ENG 158/UFLA 1. Introdução A drenagem é um processo de remoção do excesso de água dos solos de modo que lhes dê condições de aeração, estruturação e resistência. Sempre que a drenagem natural não for satisfatória, pode-se fazer, em complementação, drenagem artificial. Seu objetivo é retirar o excesso de água aplicada na irrigação ou proveniente das chuvas, isto é, controlar a elevação do lençol freático, bem como possibilitar a lixiviação dos sais trazidos nas águas de irrigação, evitando a salinização. Antes porém de proceder a drenagem de uma área, é preciso avaliar cuidadosamente seus impactos ambientais. Os principais benefícios são: - incorporação de novas áreas à produção agrícola (principalmente nas regiões úmidas e semiumidas – como brejos e pântanos) para torná-los agricultáveis; - aumento da produtividade agrícola (melhor aeração, melhor atividade microbiana, melhor fixação de nitrogênio e fósforo, aumento da profundidade efetiva do sistema radicular); - controle da salinidade; - recuperação de solos salinos e/ou alcalinos; - saneamento de áreas inundadas. 2. Efeitos do excesso de água sobre solo e plantas – Benefícios e Limitações da Drenagem Para melhor entender os efeitos do excesso de água sobre solo e plantas, é preciso separar alguns mecanismos que participam dos processos envolvidos tais como: Aeração: O excesso de água reduz a percentagem de ar presente no solo e com isto o oxigênio. Este mecanismo afeta muito o desenvolvimento das raízes e sobrevivência de microorganismos que necessitam de oxigênio. Vários efeitos surgem e a principal conseqüência é deficiência de nitrogênio (as plantas ficam amareladas) • Redução do processo de nitrificação (a mineralização da matéria orgânica é feita por microorganismos que a decompõem em aminoácidos, amônea, amoníaco e oxidam a nitrato) • Redução da fixação de Nitrogênio por bactérias pois a água expulsa o ar que contém nitrogênio. • Redução do NO3 a nitrito,