Dpp descolamento de placenta previa
Print version ISSN 0104-4230
Rev. Assoc. Med. Bras. vol.52 no.3 São Paulo May/June 2006 http://dx.doi.org/10.1590/S0104-42302006000300008 DIRETRIZES EM FOCO Descolamento prematuro da placenta
Souza E; Camano L
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia
Método de coleta de evidências: Foram realizadas pesquisas no Medline e Cochrane Library, utilizando os seguintes termos: placental, placentae, abruptio, abruption. Foi selecionada a melhor evidência disponível para responder a cada tópico do termo.
Graus de recomendação e força de evidência científica:
A: Estudos experimentais ou observacionais de melhor consistência.
B: Estudos experimentais ou observacionais de menor consistência.
C: Relatos de casos (estudos não controlados).
D: Opinião desprovida de avaliação crítica, baseada em consensos, estudos fisiológicos ou modelos animais.
Conflito de interesse: Nenhum conflito de interesse declarado.
Descolamento prematuro da placenta normalmente inserida (DPP) é conceituado como a separação inopinada, intempestiva e prematura da placenta implantada no corpo do útero, depois da 20ª semana de gestação.
É clássico atribuir-lhe incidência global de 1%. Dados recentes situam-no em 6,5 para cada 1000 partos1(B).
A sua etiologia ainda não é totalmente conhecida, podendo, didaticamente, ser dividida em traumática e não-traumática. A primeira, também chamada de mecânica, pode ser classificada em interna e externa. As causas traumáticas externas possuem valor limitado na atualidade, restritas aos grandes acidentes e traumas. A prática da versão cefálica externa também pode determinar quadro de DPP por meio de trauma externo.
Entre as causas traumáticas internas, merecem destaque o cordão curto, escoamento rápido de polidrâmnio, movimentos fetais excessivos, retração uterina após o parto do primeiro gemelar, hipertonia uterina (primária ou por abuso de ocitócicos), entre