Dowsizing do ponto de vista das vitimas
UMA PERSPECTIVA DAS VÍTIMAS
Autora: Ursula Wetzel Brandão dos Santos
Os programas de downsizing têm sido muito utilizados pelas empresas para fazer face aos vários problemas que encontram, como, por exemplo, a diminuição dos lucros, o aumento da concorrência e a falta de agilidade organizacional. Esses programas exercem forte impacto na vida organizacional, e são fortemente questionados quanto à sua efetividade. Este estudo tem por objetivo contribuir para que programas de downsizing possam aperfeiçoar-se através da incorporação de uma perspectiva que tem sido, via de regra, esquecida: a das vítimas.
INTRODUÇÃO
As empresas em busca de competitividade e agilidade têm usado com freqüência a prática de downsizing. Dentre os ganhos citados encontram-se: menor overhead, menos burocracia, processo decisório mais rápido, melhor comunicação, maior produtividade, maior comportamento intrapreneurial e maiores lucros (Cascio,1993; Kets de Vries e Balazs, 1997).
Parte de literatura sobre downsizing tem-se centrado nos benefícios e problemas do downsizing (Bruton, Keels, Shook, 1996); nas alternativas (Tomasko, 1990; Wallfesh, 1991); na forma como os processos devem ser conduzidos ( Biteman e Leifer, 1991; Cameron,
Freeman e Mishra, 1991; Martin, Parsons e Bennett, 1995; Mishra, Spreitzer e Mishra,
1998); nos impactos na produtividade (Cascio, 1993) e nas recomendações para administrar a empresa e os que nela permaneceram uma vez encerrado o programa (Brockner et al, 1987;
Marks e Mirvis, 1992) . Pouco se tem privilegiado a análise do que ocorre com uma parcela dos stakeholders dessas empresas, mais especificamente, aquelas pessoas que saíram da empresa. Estudam-se aspectos como procura por um novo emprego, impactos psicológicos e físicos, quebra de contrato psicológico, entre outros. Faltam estudos, entretanto, que captem a percepção do que é ser um personagem “vítima” de um processo de downsizing.
OBJETIVO DO ESTUDO
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