Doutrina social cristã
No mundo real em que vivemos, também a maioria das pessoas, relativamente ao paraíso descrito, não hesitam em o classificar de utópico. A grande maioria das pessoas, também parece não entender, que os bens que julgam ter, são demasiado perecíveis e terrenos, e que mais não servem senão para esconder outra felicidade, à qual nós insistimos em fechar os olhos, obcecados que estamos com o materialismo. À própria realidade da vida terrena ser uma curta passagem, os humanos fazem vista grossa, como se ela fosse mesmo eterna.
Poucos querem aceitar e proceder em conformidade, com a fragilidade desta passagem pela terra que Deus nos concedeu, embrulhada num constante afrontamento entre o bem e do mal.
Vivemos esse dilema, que no fundo é a forma de sermos postos à prova perante o julgamento final e, temos o descaramento de falarmos em utopia relativamente aos supremos valores da nossa existência.
Depois de coabitarmos forçosamente, com o bem e o mal, deste confronto só avançamos com vida, se conseguirmos manter dentro de nós, um sentimento elevado chamado esperança, qual bóia de salvação que nos pode levar até ao fim da vida.
A força secreta que move todo o esforço humano é a esperança num amanhã diferente para melhor.
Mas a esperança cristã, tal como a fé, não é uma esperança individual: é antes uma esperança com os outros e para os outros.
O cristão deve ser homem de esperança, pois sabe de onde vem e para onde vai. Sabe que vem de Deus e regressa a Ele.
Para viajarmos neste grande barco da vida, o bilhete de ingresso chama-se a nossa família, mas logo que entramos nele, temos de perceber através do amor que temos à nossa família, que é inevitável fecharmos os olhos