doutrina do choque
O livro de Naomi Klein, “A doutrina do choque” trata do auge do chamado “capitalismo do desastre”. É um reclamo aos governos de aproveitar períodos de crises econômicas, guerras, desastres naturais, ataques terroristas e epidemias, para assaltar os interesses públicos e levar a cabo todo tipo de reformas a favor do livre mercado. Medidas tão despiedadas que só puderam impor mediante o medo, a força e a repressão.
Klein demonstra como o mercado livre e global triunfou democraticamente, e que o capitalismo sem restrições vai da mão da democracia. Esse capitalismo utiliza constantemente a violência, o choque, e põe ao descoberto os fios que movem as marionetes depois dos acontecimentos mais críticos das últimas quatro décadas. O capitalismo emprega constantemente a violência, o terrorismo contra o indivíduo e a sociedade. Longe de ser o caminho para a liberdade, aproveita-se das crises para introduzir impopulares medidas de choque econômico.
Klein repassa a história mundial recente para dar a palavra a um único protagonista: as desbastadas populações civis submetidas à cobiça despiedada dos novos donos do mundo, o conglomerado industrial, comercial e governamental para quem os desastres, as guerras e a insegurança do cidadão são o sinistro combustível da economia do choque.
O documentário tenta buscar as origens deste capitalismo atroz nas teorias radicais de Milton Friedman e sua posterior execução em todo mundo, desde as ditaduras em Chile ou Argentina dos anos 70, à Grã-Bretanha de Margaret Thatcher, a Rússia de Yeltsin, ou as invasões neoconservadoras no Afeganistão e Iraque.
O documentário da "doutrina do Choque", começa com as palavras de Naomi Klein dizendo:
“Um estado de choque não é só o que nos acontece, quando algo mau nos passa, perdemos nossa narrativa, quando perdemos nossa história, quando nos desorientamos. O que nos mantém orientados, alerta e sem choque, é nossa história. De modo que um período de crise, como no que