Doutrina do Choque
Começou em junho de 1951, quando membros das agências ocidentais de inteligência reuniram-se secretamente com acadêmicos em Montreal. Essa reunião contribuiu para a pesquisa financiada por militares, sobre os efeitos da privação sensorial na Universidade de McGill, coordenadas pelo Dr. Donald Hebb. A privação sensorial causa uma grande monotonia, acaba com a capacidade crítica, o pensamento fica mais confuso e menos claro a ponto dos pacientes queixarem-se de não conseguir sonhar, porém, não se fazia ideia de que esse estudo poderia ser uma arma perigosa. Segundo estudos, desconfortos físicos e até mesmo a dor, eram mais toleráveis que as condições de privação. Assim, Hebb decidiu encerrar seus estudos sobre o assunto, entretanto, as pesquisas ainda continuaram sobre o comando de Cameron, o qual não tinha a mesma preocupação. O Instituto Memorial Allan, onde Cameron trabalhou, começou a parecer uma prisão macabra, onde eram realizadas experiências bizarras com seus pacientes para que assim pudessem reconstruí-los do zero.
O outro especialista do choque Ao mesmo tempo, outro especialista, produzia outro tipo de choque. Friedman acreditava que a terapia do choque econômico poderia estimular sociedades a aceitar uma forma mais pura de capitalismo desregulado. Em meio à crise financeira de 1929, Naome Klein, em um discurso disse que o caos econômico devia-se a muitos fatores, mas dentre eles, às ideias de Friedman, o que mais tarde levou a Depressão dos anos 30. Preocupado, o presidente Roosevelt baseou-se nas ideias do economista Keynes, iniciou um programa de emprego público, para que as pessoas pudessem voltar a trabalhar, o que acabou dando certo, após a II Guerra Mundial. Assim, o modelo keynesiano passou a revolucionar. Entretanto, Friedman não apoiou essa ideia, pois acreditava que se o governo parasse de prover serviços e de regular os mercados, a economia se corrigiria sozinha. Nos últimos 30 anos, suas ideias se tornaram a