Doutora
Terapia de Metas em Cães com Choque Hemorrágico Rodrigo Cardoso Rabelo -
Médico Veterinário, Mestre, Doutor - Intensivet Núcleo de Medicina
Veterinária Avançada – email: intensivet@gmail.com
Introdução
O choque hipovolêmico é resultado da diminuição aguda do volume sanguíneo circulante, ocasionada por perdas vasculares para o meio externo ou para o espaço extravascular.
Conceitualmente, o choque hemorrágico é uma variação do choque hipovolêmico, relacionada diretamente à perda de volume intravascular por hemorragia. Mesmo com diversos estudos científicos sobre o assunto, ainda não foi possível elucidar com clareza e segurança, a melhor estratégia de reposição volêmica no paciente em choque hemorrágico. Hemodinâmica Básica
O sistema cardiovascular tem como função primária levar oxigênio e nutrientes aos tecidos além da remoção dos produtos do metabolismo, portanto, a monitorização da perfusão nos pacientes críticos é de suma importância para assegurar maiores taxas de sobrevida (Redondo-Garcia et al., 1997).
A pressão arterial é correlacionada com o débito cardíaco, resistência vascular, capacidade vascular e volemia; podendo ser empregada na avaliação da perfusão (Bodey
& Michell, 1997; Branson et al., 1997; Redondo-Garcia et al., 1997). Determinar a pressão arterial do paciente é um dos métodos mais efetivos de monitorar a resposta do paciente
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às intervenções anestésicas e quadros de choque, assim como fornecer dados sobre sua condição geral (Grosenbaugh & Muir, 1998a).
A pressão sangüínea é a força lateral por unidade de área exercida sobre a parede vascular e ela é criada quando o sangue é ejetado pelo ventrículo esquerdo, na artéria aorta. A pressão gerada é pulsátil (dependente da freqüência cardíaca e que gera uma onda vascular de distensão) apresentando um pico máximo (pressão arterial sistólica de
110 a 160 mmHg em cães, e 160 mmHg em gatos) e um mínimo (pressão arterial diastólica -