DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) foi criado em 1924, era um órgão do Governo Brasileiro, mas foi mais conhecido no Regime Militar em 1964, que tinha como objetivo reprimir movimentos políticos e sociais contrários ao poder. O DOPS subordinados aos Governos Estaduais receberam outros nomes dependendo do local e ano, como DEOPS (Departamento Estadual de Ordem Política e Social) e DELOPS (Delegacia de Ordem Política e Social), porém ficou mais conhecido mesmo todos como DOPS. Para quem fosse fichado no DOPS na época a pessoa acabava sendo reprimida pele própria população, visto que o DOPS soltava um “Atestado de Antecedentes Criminais” conhecido como “Atestado Ideológico” para todo candidato que necessitava de um emprego, onde era obrigatória a sua apresentação e se caso ele estivesse fichado, com certeza não conseguiria um emprego. Mas o maior problema no DOPS e o que foi levado a temerem tanto na época e revelado a população, foram as torturas, assassinato, estupro e outras coisas maléficas que os perseguidos políticos tiveram que enfrentar nas dependências do DOPS. O DOPS como conhecido na Ditadura Militar foi extinto em 1983, atualmente o DOPS não conta mais no cronograma da Polícia Federal, mas a “competência” para apurar as “infrações penais contra a ordem política e sócia” é ainda da Polícia Federal que consta nos termos do inciso I, do § 1º, do artigo 144, da Constituição Federal. Hoje o antigo prédio do DOPS em São Paulo é foi nomeado como Memorial da Liberdade, que é uma homenagem para os que lutaram contra o regime na época e foram presos no local. No DOPS de 1964 à 1970 (época mais temida) os presos eram torturados de diversas formas de choque a pregos e outras maneiras terríveis, mais de 50 mil pessoas chegaram a serem encarceradas do DOPS e mais de 20 mil foram torturados. Os arquivos revelados guardam mais de 180 mil fichas de pessoas que passaram ou estavam sendo vigiadas pelo DOPS.