Domingo

689 palavras 3 páginas
Ao nos aproximarmos do fim do ano litúrgico, meditamos sobre o fim dos tempos. Como na semana passada, seguimos refletindo sobre as nossas realidades últimas.

As leituras deste domingo pedem uma boa interpretação. É preciso ter cuidado para que a linguagem apocalíptica não seja tomada ao pé da letra, para que a Palavra de Deus não seja motivadora do medo. Note-se a dramaticidade da primeira leitura: “esse dia vindouro haverá de queimá-los...” Textos apocalípticos nos convidam a pensar na seriedade da vida, mas não devem nos assustar. O nosso Deus é misericordioso, compassivo, amável. Ele não pode dizer uma coisa e depois entrar em contradição. Se lermos o Evangelho com atenção, saberemos que quando Cristo vier, virá com todo o amor que lhe é próprio. A Palavra sobre o fim quer nos dar esperança. As palavras duras servem para ressaltar a seriedade do fim dos tempos.

Vivemos desde já o fim dos tempos. Não se trata de um tempo cronológico, pois o fim do mundo não tem data marcada. Entre a Páscoa e a Parusia (vinda do Senhor) temos o nosso tempo (o tempo penúltimo), quando vivemos na espera pelo que virá. Antigamente, era comum nos perguntarmos: “para onde vamos?”, “teremos a recompensa do Céu?”. Hoje, o importante é refletir sobre o tempo presente: “Como acolher a eternidade que já vem a nós antecipadamente?”, “Em que medida a esperança da salvação nos faz viver esta vida de um modo comprometido?”.

Por isso, São Paulo alertou a comunidade de Tessalônica quanto ao desleixo com as coisas do mundo. Consideravam que era tão certa a vinda imediata de Cristo, que resolveram parar de trabalhar, cruzaram os braços. O apóstolo ensina que esperar a vinda não significa se esquecer da vida.

É preciso também ter prudência. Há muitos cristãos católicos (não só nas seitas) que gostam de falar de revelações sobre os últimos tempos: pregam uma série de práticas para se prevenir do fim do mundo, marcam datas, demonizam tudo e todos, falam do futuro da Igreja, do próximo

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