Dominação Carismática- Barack Obama
Diferente do poder, o conceito de dominação concebido por Weber constitui-se na probabilidade de um indivíduo ter suas ordens obedecidas. Isto é, não basta que um indivíduo queira dominar o outro, este outro precisa estar disposto, precisa querer obedecer. Desse modo, a dominação depende das duas partes: daquela que domina e daquela que se deixa dominar. Aqueles que obedecem, reconhecem as ordens que lhes são dadas.
A Dominação Carismática é onde a autoridade é suportada graças a uma devoção afetiva por parte dos dominados. A obediência a uma pessoa se dá devido às suas qualidades pessoais. Weber classifica a Dominação Carismática como sendo instável, pois não há nada que assegure a perpetuidade da devoção afetiva ao dominador, por parte dos dominados.
Um exemplo de dominação carismática que marcou o início do século XXI: a figura de Barack Obama. O notável “carisma” de Obama foi um aspecto bastante comentado pela imprensa desde o início de sua carreira política. Obama resgata o poder da oralidade, através da “eloquência”, da forma apaixonada de encadear seu discurso, na oratória de apelo estético verbal, esse conjunto de tipo racional e tipo carismático de dominação se combinam. Seu inegável poder de retórica atraiu milhares aos seus comícios.
O aspecto tradicional é exercido então principalmente pelos “dominados”, que personificam em Obama a figura desse pregador, pastor protestante, figura importante na Igreja americana e na cultura negra.
Assim, de acordo com Weber, o carisma tem por base a ideia de uma qualidade extraordinária, cujo indivíduo que a possui detém uma incrível capacidade de mobilizar e liderar pessoas, sendo por elas admirado.
A imagem do líder carismático, tanto quanto a sua oratória, são elementos capazes de seduzir e causar emoções positivas nos demais indivíduos. Ele é visto como referência e como um ser dotado da capacidade extraordinária de realizar feitos que