Dom Casmurro
“-A vida é uma ópera e uma grande ópera. O tenor e o barítono lutam pelo soprano, em presença do baixo e do comprimirás, quando não são o soprano e o contralto que lutam pelo tenor, em presença do mesmo baixo e do mesmo comprimirás. Há coros a numerosos, muitos bailados, e a orquestração é excelente...”
Dom Casmurro talvez seja uma das obras mais comentadas e discutidas da literatura brasileira. Escrito em 1889, é narrado em primeira pessoa e explora vários aspectos psicológicos do ser humano. Conta a história de Bento, ou bentinho, que aos seus 54 anos resolva contar ao leitor como foi sua infância, adolescência até chegar a idade adulta. Ao longo da narrativa, vai nos apresentando os personagens e sua relação com Bento. De início, sabemos o porquê de seu apelido ser Dom Casmurro. Não, caro leitor, não lhe contarei o porquê. Bento fala de sua infância e como foi pressionado para ser padre por sua mãe, que insistia em colocar ele no seminário. Ela tinha feito uma promessa de que, se seu filho nascesse ela daria um padre a Deus.
Bento também nos fala de Capitu, sua amiga de infância. Ele passa horas brincando com ela e se divertem muito. Logo mais, isso se torna além de uma amizade muito grande, um amor muito forte.
“Capitu era Capitu, isto é, uma criatura mui particular, mais mulher do que eu era homem.”
Com seus “olhos de cigana oblíqua e dissimulada” Capitu é, com toda certeza, um personagem que marcou e Mara até hoje a nossa literatura. Quando, na adolescência, os dois começam de namoricos, logo sua mãe vai contra, pois um rapaz que vai ser padre não pode namorar.
Depois de muitas tramoias, e com a ajuda de José dias, um agregado da família, e do Padre Cabral consegue convencer a sua mãe a desistir da ideia de Bento ser padre. No lugar dele, sua mãe sustenta outro menino que quer ser padre, assim cumprindo sua promessa.
Acho que, por eu ler muita coisa atual, me