Dolby Digital
O Brasil possui duas grandes áreas propícias à exploração do sal marinho. A primeira, que abrange o litoral nordestino, compreendido desde o Rio Grande do Norte até o Maranhão. A se-gunda, localizada na região Sudeste, engloba Araruama e Cabo Frio, Rio de Janeiro, com nítidas desvantagens naturais em relação à primeira (ANDRADE, 1995).
O Rio Grande do Norte possui particularidades naturais que o dotaram para a produção do sal marinho “como num processo coordenado da natureza em função desse tipo de indústria” (FERNANDES, 1995). A combinação de diversos fatores naturais como relevo, clima, solo, ventos e abundante água marinha proporciona a obtenção do processo produtivo do sal via evaporação (FILHO, 1987).
O desenvolvimento da indústria química do Brasil exigiu a modernização e ampliação das salinas, o que o veio a ocorrer a partir de 1970, basicamente no Rio Grande do Norte. O aumento da produção, decorrente, também, da fusão entre salinas, contou com forte contribuição do Go-verno, via repasse de incentivos fiscais e financeiros, através da SUDENE, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, BNDES, etc.
Com a mecanização das salinas, SOL e SAL (2012), também houve o emprego de técnicas modernas de produção de sal que permitiram elevar a produtividade de 40 kg/m² para 180-280 kg/m², independência das forças da natureza com a utilização de motobombas, escoamento de águas de chuvas, etc., uso de cristalizadores maiores, em substituição aos pequenos, rigoroso controle da densidade da salmoura em todas as suas etapas do processo, colheita mecanizada, lavagem do sal grosso e exames periódicos da qualidade do produto em laboratórios próprios (BEZERRA; BRITO, 2001).
O beneficiamento do sal é a etapa da produção que apresenta a maior diversidade de ris-cos devido à complexidade desse segmento industrial, que envolve diversos fatores, tais como: ritmo excessivo de trabalho, materiais, máquinas e equipamentos, além