DOIDO E DO DO

DOIDO E DOÍDO...
Qual foi a última vez que você ficou doido?
Para você, esta pergunta, parece coisa de “doido”?
Pode até parecer... Mas, o que as pessoas não sabem é que podemos estar doidos sem ao menos termos a noção deste fato. Diz o ditado popular: “Todo doido não sabe que é doido!”
Saindo da brincadeira e falando de coisa séria, muitas vezes ficamos
“endoidecidos” com tantas dores que sofremos, a saber: abandonos, traições, perdas, abusos, desvalorizações, pressões, cobranças, descasos, mágoas, frustrações, etc. Para cada dor que sentimos e não conseguimos tolerar, ficamos “doídos” e “doidos”. Ou seja, a dor pode ter sido muito difícil de suportar, a tolerância em relação a ela
(a dor), pode ter sido muito pequena, tornando a realidade dura e sem enfrentamento. Então, passamos a criar “mundos paralelos”,
“mundos” que povoam a dimensão da nossa interioridade, aquilo que só nós vemos, ninguém mais percebe ou contempla.
“Cada doido com a sua mania...”
Neste processo de criar “mundos paralelos”, os seres humanos constroem inúmeras ferramentas de fuga para não lidar com a dor, uma delas é a compulsão. Compram muito, bebem muito, trabalham muito, comem muito, tudo é feito com excessos e exageros. Outros se deprimem, entram em guerra com a “realidade”. Por exemplo, alguém que foi traído, por não aguentar esta dor, toma a resolução de ser uma pessoa amarga, perde a confiança em todos e não permite mais que ninguém se aproxime da sua vida, pois o seu lema é: “Ninguém poderá me fazer de bobo, não vou mais permitir que outra pessoa perturbe a minha vida!” Neste fluxo interminável de ressentimentos e tristezas, a pessoa rumina, repensa, fala mentalmente e busca se lembrar de cada fato, cada momento, cada atitude, cada ação, que antecedeu à fatídica traição. Fala repetitivamente da injustiça que o outro lhe fez. A posição belicosa e aguerrida, toda “armada”, é apenas uma tentativa infantil para “evitar” o sentir-se doida ou doido, porém a dor está lá. Por isso chora, por