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A história conta que os índios armazenavam agua doce para o consumo em vasos de barro e de argila e em grandes caçambas de pedra. Além disso, nas aldeias existiam espaços determinados usados apenas para as necessidades fisiológicas. Essas informações induzem o pensamento que os nossos índios já detiam certo conhecimento sobre o perigo da falta de saneamento. Depois do descobrimento e inicio do período colonial, as cidades surgiram e foram acompanhadas pela necessidade por serviços fundamentais para a população. No principio, o saneamento era bem precário, se resumia na instalação de chafarizes e na drenagem dos terrenos. No inicio do século XXI, com a vinda da corte portuguesa e abertura dos portos, as cidades começaram a ter grande importância social e econômica e a população cresceu exponencialmente. Mas esse progresso não foi acompanhado por infraestrutura. No rio de janeiro, sede do império, as instalações sanitárias ficavam localizadas nos fundos das casas e os despejos eram colocados em recipientes especiais. Após vários dias, quando estavam cheios, com mau cheiro e infectados, eram transportados pelos escravos e despejados na atual Praça da Republica ou a beira-mar. O abastecimento de agua também era feito de forma precária pelos escravos, através do transporte dos enormes vasos dos chafarizes e para as residências. Entre 1830 a 1851, houve 23 epidemias letais no Rio de Janeiro, muitas dessas causadas por doenças de veiculação hídrica. Era urgente a necessidade por melhora dos sistemas de abastecimentos de agua. Nesse contexto, decidiram que a agua passaria a ser comercializada, pela primeira vez no país estava sendo criada uma organização dos serviços de saneamento, que foi entregue a concessionarias estrangeiras.