Doenças ocupacionais
O QUE SÃO DOENÇAS OCUPACIONAIS?
Doenças ocupacionais são as que estão diretamente relacionadas à atividade desempenhada pelo trabalhador ou às condições de trabalho às quais ele está submetido. As mais comuns são as lesões por esforços repetitivos ou distúrbios osteomoleculares relacionados ao trabalho (ler/dort), que englobam cerca de 30 doenças, entre elas a tendinite (inflamação de tendão) e a tenossinovite (inflamação da membrana que recobre os tendões). As ler/dort são responsáveis pela alteração das estruturas osteomusculares, como tendões, articulações, músculos e nervos.
No campo, doenças de ler/dort acometem principalmente cortadores de cana após algumas safras, pelo excesso de movimentos repetidos. Na cidade, as categorias profissionais que encabeçam as estatísticas de ler/dort são bancários, digitadores, operadores de linha de montagem e operadores de telemarketing.
Outro exemplo de doença ocupacional é o câncer de traquéia em trabalhadores de minas e refinações de níquel. Também há doenças pulmonares de origem ocupacional, como asma e asbestose, por exemplo, causadas pela inalação de partículas, névoas, vapores ou gases nocivos.
Se o trabalhador estiver com uma doença ocupacional grave, tem direito a pedir afastamento do INSS pelo auxílio-doença. Para isso, deve passar por uma perícia médica, que fará a avaliação do quadro da doença. Ele também precisa comprovar que a doença está relacionada ao seu emprego atual e, além disso, deve ter um mínimo de 12 meses de contribuição ao INSS.
REGISTRO DE DOENÇAS OCUPACIONAIS CRESCE 134%
O registro de doenças ocupacionais deu um salto nos últimos 11 meses. As notificações de doenças do sistema osteomuscular, nas quais se incluem as lesões por esforço repetitivo (ler) e que representam 84,77% do total de doenças do trabalho, aumentaram 512,3%, segundo dados do ministério da previdência.
A impressionante variação é creditada ao nexo técnico epidemiológico previdenciário