doenças genéticas
O caráter de uma doença é o resultado da ação da combinação de fatores genéticos e ambientais, porém é conveniente distinguir se a causa principal é uma transformação genética, ou uma combinação de pequenas variações que, juntas podem produzir um defeito sério.
A Genética atual tem visto o seu campo de ação ampliado: cerca de 30% das admissões em Pediatria e cerca de 10% das admissões de adultos em hospitais. Isto deve-se a vários fatores, principalmente à melhoria das condições de saúde que, favorecendo a sobrevida de indivíduos com algumas síndromes, tornam visíveis algumas doenças genéticas.
A incidência de indivíduos com síndromes genéticas é alta: 14% dos recém-nascidos tem um defeito congênito leve único, não valorizável, e 0,8 % tem dois defeitos. O aumento da incidência relativa das anomalias de ordem genética têm algumas causas: existe hoje maior acesso e capacidade de diagnóstico (mais especialistas e mais meios); a seleção natural deixa de ser operativa com crianças doentes que antes morriam cedo e atingem hoje a idade da procriação.
Síndrome de Jacobs
Este síndrome só se manifesta nos rapazes e estes apresentam como constituição cromossómica 47, XYY.
Em princípio, a origem do erro que leva a este cariótipo é a não disjunção paterna na segunda divisão da meiose, produzindo espermatozóides YY. Podem ocorrer ainda outras não- disjunções que levam a outros síndromes como o síndrome de Klinefelter.
Os meninos XYY são altos e têm um risco aumentado de problemas do comportamento, comparando com crianças com um número de cromossomas normais. Quanto à fertilidade, não parece haver nenhum risco aumentado de que um homem 47 XYY tenha um filho com cromossomas anormais.
Pode-se dizer que a frequência deste cariótipo em meninos é cerca de 1 em 1000.
Os portadores deste síndrome apresentam altura média de 1,80 m; grande número de acne facial durante a adolescência; distúrbios motores e na fala; taxa de testosterona aumentada, o que pode