Doença total ou doença como parte da vida humana
A pergunta inicial do texto possibilita um amplo espaço para reflexão e debate “Clínica do sujeito?”. Considerar questões particulares do paciente no ambiente clínico é fundamental para a efetividade terapêutica. Entretanto, estando nós (profissionais da saúde) imersos na clínica em que predomina a “visão médica”, deparamo-nos com profissionais clínicos em que também adaptaram-se a tal visão e não mais tendo como prioridade reabilitar o paciente, mas sim reabilitar a doença. Tendo como foco de orientação este tipo de abordagem, corre-se o risco de esquecer que há um sujeito com suas singularidades e particularidades escondido atrás de uma determinada patologia. Como consequência direta, podemos observar a tentativa de clínicos utilizarem terapias iguais para sujeitos diferentes, tendo em vista que as alterações dos sujeitos são as mesmas. Contudo, embora tais questões anatômicas e/ou funcionais sejam idênticas, os sujeitos são, da mesma forma, idênticos? Ou cada um é um sujeito singular? O que, então, poderíamos dizer a respeito de, em tais casos, não se obter adesão do paciente ou, até mesmo, não ter efetividade terapêutica?
Porém, na maioria dos casos...
“Medicina” CIÊNCIAS DA SAÚDE : há um esquecimento do sujeito e muitas vezes acaba-se por tomar as pessoas por suas doenças/patologias.
...“A doença recobriria o sujeito como uma segunda pele, uma nova identidade.”
Mudança no padrão de clínica uma clínica que leva em conta o sujeito e não apenas a sua patologia, a patologia é apenas “parte da vida”
Exemplo na fonoudiologia:
Identificar os pacientes por suas patologias, quando muitas vezes não nos lembramos do nome, mostra uma representatividade da patologia.
Na Audiologia, que tipo de clínica fizemos? É clínica?
Nos atendimentos de fonoaudiologia estamos constantemente buscando levar em conta à subjetividade do sujeito, as suas