Doença mental como construção social
CURSO DE LICENCIATURA EM ENFERMAGEM
1º ANO- 1º SEMESTRE
Ensaio Sócio-antropologia da Saúde
fILIPE MANUEL SILVA CORREIA, nº 46880
“A doença mental não passa de uma construção social”
ORIENTADOR: John Voyce
Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve
FARO, OUTUBRO DE 2012
Tema: “A doença mental não passa de uma construção social. Comente”
“The notion of mental illness derives its main support from such phenomena as syphilis of the brain or delirious conditions-intoxications, for instance – in which persons are known to manifest various peculiarities or disorders of thinking and behavior” (Szasz, 1960, p.1)
A maneira mais correcta de iniciar esta temática é analisar ao longo do tempo, em termos históricos, como surgiu e foi evoluindo o termo “doença mental”. Na idade média (séc. XV/XVI), as ideias Cristãs dominavam as sociedades europeias. Nesta prespectiva, a loucura (palavra usada naquela altura para doença mental) era vista como um desespero mental ou como uma possessão demoníaca, logo durante toda esta época pessoas não crentes (hereges) e “bruxas” eram colocados na mesma categoria e vistos como uma ameaça á igreja.
Considerava-se que as pessoas de ambos os grupos estavam possuídas por demónios, fazendo com que fossem perseguidas, torturadas e condenadas á fogueira ao longo de séculos, apresentando como explicação para tais atrocidades a libertação dos demónios do corpo destes.
No fim destes séculos surge uma nova linha de pensamento, o renascimento, onde vertentes como a arte, a poesia e a criatividade se exaltaram e culminaram numa significativa mudança cultural. Esta mudança fez com que através da noção de loucura se podesse encontrar o verdadeiro conhecimento, o resultado desta “elevação” da noção de loucura levou a que artistas e poetas começassem a auto-alegarem-se como loucos. Deste modo a loucura começou a ser entendida como uma mensagem de