Documentário “Carne e Osso”: uma análise das consequências da forma de produção nos frigoríficos
Sidnei Pereira
O presente trabalho busca relacionar o documentário “Carne e Osso” com a forma de produção desenvolvida e expandida pelos pensadores clássicos da administração científica, Taylor e Henry Ford (conforme abordagem nas aulas ministradas), para analisar as consequências dessa forma de produção na vida dos trabalhadores. O documentário “Carne e Osso” é relatado no sul e no centro-oeste do Brasil, especificamente em frigoríficos de abate de aves e bovinos, respectivamente.
Empresas que se instalaram em cidades do interior com população pobre, de baixo nível escolar, poucas oportunidades de emprego e sem condições para sustentar a família. No documentário são abordadas as consequências do trabalho nos frigoríficos, contadas pelos próprios trabalhadores, além de descrever o método de produção utilizado, que leva os operários a condições degradantes, condenando a saúde física, com movimentos repetitivos e elevada carga horária de trabalho; e a grande pressão em relação as metas estabelecidas, e a necessidade de sustentar a família, que contribui para o alto nível de doenças mentais.
Isso devido a um conjunto de teorias e estudos realizados séculos atrás, que atualmente, se utilizados rigidamente, infringem com normas para a saúde do trabalhador. Tais bases empregadas para gerir esse tipo de organização provem de estudos tayloristas, fordistas e da administração japonesa. Estudos estes que visam a seleção por aptidão física e o saber fazer, e que levam os trabalhadores da produção a condições, como: não poderem pensar, apenas executar – por isso
Taylor definiu que é preciso dar as tarefas prontas e como essas devem ser realizadas, sendo cada funcionário responsável por uma etapa da produção.
Tempos depois Ford acredita que seria mais eficiente se dividisse ainda mais o trabalho, tendo dentro de uma etapa da produção vários