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Na moderna economia de mercado em que vivemos, há uma multiplicidade de agentes econômicos – governos, empresas e famílias – tomando as suas decisões relacionadas à produção e ao consumo. Enquanto alguns consomem menos do que produzem, e formam poupança disponível para a utilização de terceiros, outros consomem mais do que conseguem produzir em determinado período, e precisam utilizar recursos dos poupadores. Independente das razões que motivam cada uma dessas decisões individuais, de alguma maneira, essa transferência de recursos dos poupadores para os tomadores precisa ser viabilizada.
Se cada poupador tivesse que encontrar um tomador de recursos com as mesmas necessidades de volume e prazo, para a realização de um empréstimo, muito provavelmente nenhum negócio se concretizaria, já que as demandas dos agentes podem ser bem distintas. Com o tempo, e para suprir essa demanda do mercado, foram nascendo instituições para intermediar essas operações. Ou seja, pegar emprestado daqueles que poupam e emprestar para os demais, atendendo, ao mesmo tempo, as necessidades de volume financeiro e prazo de cada um. Da mesma forma desenvolveram-se instrumentos, como também sistemas, regras e procedimentos, para organizar, controlar e desenvolver esse mercado. A todo esse sistema, chamamos de Sistema Financeiro.
Dessa forma, o Sistema Financeiro pode ser caracterizado como o conjunto de instituições e instrumentos que possibilitam e facilitam o fluxo financeiro entre os poupadores e os tomadores de recursos na economia. Não é difícil perceber a importância desse sistema para o correto funcionamento e crescimento econômico de uma nação. Se, por exemplo, determinada empresa, que necessita de recursos para a realização de investimentos para a produção, não conseguir captá-los de forma eficiente, provavelmente ela não realizará o investimento, deixando de empregar e gerar renda.
Esse fluxo, todavia, não ocorre sempre entre os mesmos tipos de agentes