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Na primeira constatação, podemos destacar que a condução do governo está orientada, segundo Maquiavel, pelas ponderações do governante. Dotado de amplos poderes, este deveria ter o equilíbrio e o senso necessários para que a ordem fosse mantida. Com isso, podemos perceber que este pensador italiano julgava que “o príncipe” deveria simplesmente abandonar o controle dos pressupostos morais para que tivesse condições de imperar.
Em contrapartida, Hobbes não acreditava que poderia existir um homem suficientemente capaz de alimentar essa situação de equilíbrio. Por isso, acabou optando por um instrumento de natureza impessoal que regulasse a organização do Estado. Nesse caso, ele acreditava que “não há um poder visível capaz de manter [os homens] em respeito” que somente o “cumprimento de seus pactos” poderia regulamentar a vida dos homens em sociedade.
-Ao desacreditar na força do poder visível, Hobbes vai contra a perspectiva de Maquiavel, onde temos dada a importância de um príncipe sempre preocupado em regular a manutenção do governo. Além disso, temos dada a sugestão de que as leis estejam acima dos homens, seja lá qual for a sua origem social, cargo político ou orientação ideológica. Dessa forma, fica destacada a diferença de perspectiva entre as teorias absolutista e iluminista, respectivamente.
-Monarquia absoluta ou absolutista, segundo a definição clássica, é a forma de governo onde o Monarca ou Rei exerce o poder absoluto, sem o uso dos preceitos constitucionais. Tem como principal característica a inexistência da divisão dos três poderes, que se concentram nas mãos de uma só pessoa.
Esse tipo de governo foi muito comum até o século XVII, atingindo meados do Século XIX. Actualmente ainda existem monarquias absolutas, apesar de mais atenuadas e com um pouco mais de distribuição do poder.
-Durante os séculos XVI e XVII, diversos