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Olhares diversificados
A visão de cada um depende da profundidade que ele tenha sobre um assunto. Novos pontos de vista são criados, mas nem sempre coerentes. Porém quando nós tratamos de filmes, este tópico torna-se polêmico.
Por ano são realizados milhares de películas de vários gêneros para diferentes públicos. Entretanto, hoje em dia, os filmes não estão sendo valorizados como algum tempo atrás, em que grandes histórias tinham enormes telespectadores.
As pessoas vêm tratando esta arte do cinema como um simples nada em suas vidas e aqueles contos que trazem uma lição têm sido cada vez mais desprezados e quando assistidos não são compreendidos.
Sabe-se que a mente humana tem seus limites, no entanto se a nossa população fosse incentivada a ter um senso crítico sobre os assuntos trazidos, talvez não ouvíssemos tantos absurdos com os quais temos que lidar.
Foi realizada uma pesquisa sobre o que as pessoas entenderam do longa-metragem “Cisne Negro” e a sua maioria afirmou: “A história mostra como dançar balé deixa você louco”, depois complementaram: “Essa profissão não é boa”. Será mesmo esta a essência do filme? Será que se ao menos derramassem outro tipo de olhar sobre o tema eles chegariam à outra conclusão mais próxima da realidade do enredo?
O senso crítico dos indivíduos varia de acordo com a educação que eles recebem. Então, a ausência da leitura, do acesso à informação e o meio social em que se está inserido influenciam no processo de interpretação. Assim, o cinema como forma de entretenimento, poderia ser disseminado como uma forma de estudo para desenvolver capacidade de pensar e refletir sobre um determinado assunto.
Dessa forma, o decorrente descaso quanto à vontade de interpretar, comentar e explicar histórias é um problema que pode perpetuar durante toda a vida, não só em filmes, mas também em livros ou textos que exijam um pouco mais dessas habilidades.