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Vygotsky, ao elaborar seus estudos sobre as funções psicológicas ou mentais e sua relação com o desenvolvimento/aprendizado, utilizou-se do conceito de mediação simbólica.
A mediação simbólica, segundo Vygotsky, é fruto da interação do organismo individual com o meio físico e social no qual está inserido, através de elementos mediadores ou intermediários que permeiam seu pensamento e, conseqüentemente, suas escolhas e comportamentos. Trata-se de uma relação onde “o processo simples estímulo-resposta é substituído por um ato complexo, mediado” (Vygotsky, p. 45). Para Vygotsky, tal interação do homem com o meio não se dá de forma direta, mas mediada, auxiliada por ferramentas complementares, os instrumentos e signos. Através de uma perspectiva influenciada pelo marxismo, Vygotsky analisa os instrumentos e sua importância para a realização do trabalho que, sendo um potencial de transformação da natureza, é, portanto, vital para a estruturação da própria sociedade, formando sua cultura e organizando o meio de inserção e atuação de cada indivíduo. Aqui fica clara a idéia de que os instrumentos agem como um interposto entre o trabalhador e sua ação, dando aos mesmos a concepção de objetos sociais de relação entre o indivíduo e seu mundo. Os signos, sob a ótica de elementos que representam ou expressam objetos, situações e eventos, são denominados por Vygotsky como “instrumentos psicológicos”. Sua atuação é comparada ao uso de instrumentos (ferramentas), só que no interior do indivíduo, agindo no controle e organização dos processos psicológicos, operando, também nas relações e vivências sócio-culturais. Baseado na análise das relações entre a intersubjetividade e subjetividade humanas e sua mediação através signos e instrumentos, Vygotsky “considerou” que, ao longo de sua vivência, o homem estaria, ao interagir com o meio, “envolvido” em um processo contínuo de internalização dos signos e símbolos, construindo, portanto, seu