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O tal milagre econômico é fruto da união entre estado militar, multinacionais e empresariado nacional que apesar do grande BOOM, saiu caro pro trabalhador brasileiro que até hoje paga a divida externa gerada. A grande massa ficou excluída desse milagre poi s sofreu um empobrecimento a partir do arrocho salarial e do desemprego. Com a entrada do capital estrangeiro se desnacionalizaram-se ou desaparecem as pequenas empresas pelo qual o trabalhador mais baixo participava do processo econômico. Acabaram com a pequeno produtor rural pra dar lugar a criação de latifúndios (por multinacionais), isso sempre amparado pelo governo militar. Com todo um desemprego em vários lugares do país o trabalhador se deslocou pra aquilo que hoje é chamado de periferia do centro urbano, inflando o crescimento desordenado de metrópoles como São Paulo.
Com esse fluxo as chamadas Grandes Obras tiveram a mão de obra barata tão sonhada pro crescimento econômico. A indústria automobilística junto a construção civil foram pontas de lança pra afogarem os outros setores da economia brasileira, em nome do capital estrangeiro. Tais grandes obras usaram de mão de obra barata e desqualificada (nordestinos e negros) num tumulo do trabalhador desconhecido (vide numero de mortes na história da construção da ponte RioNiterói, e a quantidade de indígenas mortos para a construção da Rodovia Transamazônica por exemplo). A prestação de serviços, como serviços domésticos e limpeza de rua, se serviu desses trabalhadores que, em comparação, não se viam em fábricas de polo industrial (ABC paulista, exemplo) gerados pelo milagre.
Que fatia da sociedade se beneficiou disso? Talvez os novos setores da classe média na idéia de
"ninguém segura esse país" compraram carro do ano, tv a cores, eletrodomésticos, uma turma muito orgulhosa de seu país que adesivava seu carro com "Brasil ame -o ou deixe-o" mas o engraçado é que as primeiras denuncias contra o regime foram feitas pelos jovens provenientes dessa mesma classe.