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Vaz de Caminha, recebeu o grupo de índios que reconheceram de imediato o ouro e a prata que se fazia surgir no navio — nomeadamente um fio de ouro de D. Pedro e um castiçal de prata — o que fez com que os portugueses inicialmente acreditassem que havia muito ouro naquela terra. Entretanto, Caminha, em sua carta,[5] confessa que não sabia dizer se os índios diziam mesmo que ali havia ouro, ou se o desejo dos navegantes pelo metal era tão grande que eles não conseguiram entender diferentemente. Posteriormente, provouse que a segunda alternativa era a verdadeira. O encontro entre portugueses e índios também está documentado na carta escrita por
Caminha. O choque cultural foi evidente. Os indígenas não reconheceram os animais que traziam os navegadores, à exceção de um papagaio que o capitão trazia consigo; ofereceramlhes comida e vinho, os quais os índios rejeitaram. A curiosidade tocoulhes pelos objectos não reconhecidos como umas contas de rosário, e a surpresa dos portugueses pelos objetos reconhecidos os metais preciosos. Fezse curioso e absurdo aos portugueses o fato de Cabral ter vestidose com todas as vestimentas e adornos os quais tinha direito um capitãomor frente aos índios e estes, por sua vez, terem passado por sua frente sem diferenciálo dos demais tripulantes.
Desembarque de Cabral em Porto Seguro (óleo sobre tela), autor: Oscar Pereira da Silva,
1904. Acervo do Museu Histórico Nacional, Rio de Janeiro.
Os indígenas começaram a tomar conhecimento da fé dos portugueses ao assistirem a
Primeira Missa, rezada por Frei Henrique de Coimbra, em um domingo, 26 de abril de 1500.
Logo depois de realizada a missa, a frota de Cabral rumou para as Índias, seu objetivo final, mas enviou um dos navios de volta a Portugal com a carta de Caminha. No entanto,