Doc
Fevereiro/2015
1. Apresentação:
Os recursos florestais têm sofrido uma grande pressão ao longo dos tempos, tanto através do desmatamento para fins agropecuários, como para produção de bens de origem florestal. Lenha e carvão vegetal para a produção de energia destinada a indústrias e domicílios, madeira para fabricação de móveis e utensílios, forragem, plantas medicinais e para artesanato, são apenas alguns exemplos desses produtos.
Em muitas regiões, estes recursos já foram explorados de tal forma que estas necessidades são supridas com matéria-prima oriunda de regiões cada vez mais distantes. Os plantios florestais, em pequena ou grande escala, podem ser, nos casos extremos, a única solução para reverter o quadro de escassez de matéria-prima e de mitigação da degradação ambiental. Nestes casos as sementes florestais de boa qualidade constituem-se em insumos essenciais para a formação desses plantios. Este guia contém informações sobre a coleta, beneficiamento e armazenamento de sementes florestais e seu objetivo é contribuir para a conservação de espécies florestais e recuperação de ecossistemas.
2. Introdução Uma das primeiras preocupações quando se planeja a coleta de sementes florestais nativas ou exóticas, visando à recuperação ambiental em áreas de proteção ou áreas urbanas cujos ecossistemas estejam degradados, é definir os locais a serem visitados assim como a metodologia correta a ser empregada na colheita de sementes. Devem-se buscar informações sobre a localização geográfica das fontes de sementes (matrizes). Esses dados podem ser obtidos em herbários de universidades, jardins botânicos e centros de pesquisa. Um dos procedimentos para a definição das áreas de coleta é a prospecção prévia, que consiste em pesquisas ou sondagens para descobrir a localização das espécies florestais desejadas. Os procedimentos vão desde entrevistas com mateiros ou produtores de