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As tintas não possuem somente caráter decorativo, elas também protegem uma superfície contra desgaste, corrosão e ataques bacterianos. Compostas de inúmeros pigmentos coloridos, as tintas são usadas para pintar as mais diversas superfícies (metal, madeira, pedra, papel, tecidos, couro, plástico, etc.).
As tintas têm dois componentes fundamentais: o pigmento, que lhe dá cor, e o veículo, a parte líquida, cuja aplicação se faz através de rolos, pincéis ou canetas. O veículo mais antigo é o óleo de linhaça, extraído das sementes oleaginosas do linho, mesma planta que fornece firas para tecidos, outro veículo antigo e a terebintina, obtido de um liquido viscoso que flui de alguns tipos de pinheiro.
Para executar suas pinturas, os romanos usavam um pigmento branco, o carbonato básico de chumbo, misturado a óleo de linhaça ou terebintina. Muita antiga é a caiação executada ao se aplicar uma suspensão de cal em água. A cal, oxido de cálcio, é chamada de cal viva. Pela reação com a água, se transforma em hidróxido de cálcio, popularmente chamado de cal extinta. A tinta resultante é uma suspensão aquosa de hidróxido de cálcio.
As chamadas tintas a óleo usam como veículo o óleo de linhaça e éter de petróleo. O éter de petróleo é uma mistura de hidrocarbonetos destilados nas torres de refinarias petroquímicas a temperaturas que variam de 93% a 150ºC. Os pigmentos podem ser inorgânicos, como o dióxido de titânio (branco), que tem a vantagem da baixa toxidade quando comparado aos antigos compostos de chumbo, apesar de ser mais caro. Tons de amarelo, vermelho, marrom e preto podem ser obtidos com óxidos de ferro. Para proteger contra a corrosão são adicionados compostos de chumbo e zinco. Pigmentos orgânicos são muitos usados atualmente. Alizarina, azo-corantes e derivados de ftalocianina permitem que o arco-íris seja transportado para as latas de tintas.
A constituição do óleo de linhaça
4% a 7% - palmítico (16 átomos de C, saturado)
2% a 5% - esteárico