Doa-se filhotes de poodle
INSTITUTO DE LETRAS E ARTES – ILA
MORFOSSINTAXE III
ANA KAROLINA FLORES BIBIANO – 47444
CHIMENE ROCHA NASCIMENTO – 47416
Questão: Maria Marta Scherre, linguísta em seu livro “Doa-se filhotes de poodle”, tem um artigo fruto de pesquisas realizadas sobre construções consideradas de voz passiva sindética ou pronominal, sendo revistas à luz da lingüística e consideradas como de voz ativa. Para elaboração do material, a pesquisadora coletou dados de língua em uso e constatou situações recorrentes em que o verbo não concorda em número e pessoa com o seu “suposto” sujeito proposto, como no caso intencional do exemplo colocado no título do livro, retirado de um anúncio de jornal. Marcos Bagno, também lingüista, apresenta, em seu livro “Preconceito linguístico” (pag 94 – 102), argumentos que consideramos os critérios sintáticos (colocação no termo da oração), semântico (significado assumido pelo enunciado conforme posição ocupada pelos termos da oração) e pragmático (efeito visado pelo falante ao escolher enunciar uma oração na voz ativa, passiva e reflexiva) significativos na caracterização de estruturas como “Vende-se casa” sendo analisado como voz ativa.
Explica de que modo a gramática Normativa considera estruturas como as mencionadas e qual é a perspectiva de análise de tais estruturas conforme a abordagem linguística.
Segundo a gramática normativa, voz do verbo é a forma que este assume para indicar que a ação verbal é praticada ou sofrida pelo sujeito. Tendo o sujeito e o verbo que concordar em número e pessoa.
Segundo Cegala, em sua “ Novissima Gramática da Língua Portuguesa”, com o pronome apassivador SE associado a um verbo ativo da 3ª pessoa, temos a voz passiva pronominal.
Exemplo:
1. Vendem-se livros.
2. Regam-se plantas.
No primeiro exemplo a interpretação de “vendem-se livros” como uma frase que se encontra na voz passiva pronominal, que corresponde a “livros são vendidos” na