do tempo
O Tempo Geológico começou como uma sequência cronológica e a sua medida encontrou barreiras difíceis de ultrapassar até ao século XVIII, pois o Homem referenciava todos os fenómenos à escala da duração da sua própria vida. No século XIX, os geólogos criaram as unidades de tempo geológicas denominadas Eras (Pré-Câmbrico, Paleozóico, Mesozóico e Cenozóico) e respectivos Períodos, onde só existiam estimativas aproximadas da duração destas divisões, mas que conseguiram ser bastante mais realistas do que as estimativas dos físicos da mesma época. Mais tarde, no século XX, com a descoberta da radioactividade, pouco a pouco, com a contribuição de inúmeros cientistas, foi-se construindo o conhecimento acerca da idade do nosso planeta.
A ciência que consiste no estudo do tempo geológico através de um conjunto de métodos de datação é a Geocronologia. Esta, determina a idade relativa ou "absoluta" (termo incorrecto, pois nunca se consegue determinar a idade exacta apenas muito aproximada) de diversos eventos geológicos da Terra, rochas, sedimentos e fósseis. A Estratigrafia e a Paleontologia permitem uma geocronologia relativa, enquanto a radiocronologia ou datação radiométrica pertence aos métodos de geocronologia absoluta. As mais modernas técnicas de Geocronologia tornaram-se indispensáveis para os geólogos de todo o mundo. O método U-Pb é o mais utilizado, principalmente o de zircão, devido à sua existência nos três tipos de rochas (ígneas, sedimentares e metamórficas) e às suas características isotópicas. Nas rochas sedimentares este método é utilizado para