do milagre ao desastre

Durante a ditadura militar, a economia brasileira cresceu num ritmo muito acelerado. Em sua melhor fase, de 1967 a 1973, o PIB aumentou 10,2% ao ano. O resultado era tão fantástico que o chamaram de “milagre brasileiro”. Quando os militares tomaram o poder, a economia do Brasil estava estagnada, a inflação chegava a quase 100% ao ano e as finanças publicas estavam destruídas. Para reverter esta situação o presidente Castello Branco adotou um programa de reforma que buscava principalmente: conter a inflação, equilibrar as contas do governo e desenvolver o mercado de credito, que foi chamado de Plano de Ação Econômica do Governo ou PAEG.
A principal medida do PAEG foi a introdução da correção monetária, o que passou a reajustar contratos, títulos públicos e dívidas tributárias com base na inflação anterior. Com esta novidade o governo começou a cobrir seus gastos vendendo papeis financeiros e aumentando os impostos, reajustando o tributo das empresas.
Outra medida muito eficiente do PAEG foi a criação do Banco Central, que recebeu a tarefa de controlar a oferta de moeda na economia. Os diretores do BC receberam mandatos fixos, para que tivessem poder necessário para tomar medidas impopulares e não sofrerem consequências políticas.Alem disso, para conter os salários, o plano criou uma fórmula que previa a reposição da inflação passada e a incorporação de parte da inflação projetada para o futuro. Esta fórmula prejudicou os trabalhadores, porque os cálculos sempre subestimavam a inflação. Porem diminui custos das empresas e segurou os preços, contribuindo para o crescimento nos anos seguintes.A implementação de uma medida tão impopular só foi viável graças ao controle dos militares sobre os sindicatos.
As medidas feitas por Castello Branco reorganizaram a economia, diminuíram o deficit nas contas do governo e garantiram uma redução expressiva da inflação. O que restaurou a confiança dos estrangeiros no país, atraindo investimentos. Porem faltava crescer, e o