DO MARKETING À GEOPOLITICA
Campinas, 26 de setembro a 2 de outubro de 2011 – ANO XXV – Nº 508
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Do marketing à geopolítica
RACHEL BUENO
Especial para o JU
Os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo da Fifa não beneficiam os moradores das cidades e países que os sediam, mas sim as grandes empresas que os patrocinam. A opinião, na contramão do senso comum, é da socióloga americana Kimberly Schimmel, convidada pelo
Centro de Estudos Avançados (CEAv) da Unicamp a ministrar uma série de palestras na
Universidade entre os dias 12 e 19 de setembro. Professora do programa de Sociologia do
Esporte da Universidade Estadual de Kent, nos Estados Unidos, e vice-presidente da
Associação Internacional de Sociologia do Esporte, Kimberly é referência internacional no estudo dos impactos sociais, políticos e econômicos dos megaeventos esportivos. Durante o período em que esteve na Unicamp, ela discutiu profundamente as consequências indesejáveis que a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 podem trazer para o
Brasil. Falou também sobre outro assunto no qual é especialista – a participação da mulher no esporte. A visão crítica dos professores, pesquisadores e alunos da Universidade impressionou a socióloga: “Admiro a inteligência dos acadêmicos daqui”.
Simpática
e comunicativa, Kimberly concedeu a entrevista a seguir na manhã do dia 15, antes de sair para uma caminhada pelo campus. O poder dos patrocinadores dos megaeventos esportivos, as preocupações dos sociólogos com relação à ida desses eventos para os países emergentes e o papel do esporte na quebra de preconceitos sociais, raciais e de gênero são os temas centrais da conversa. A socióloga também responde uma pergunta que costuma intrigar os brasileiros: por que o futebol feminino é muito mais desenvolvido nos Estados Unidos do que o masculino? Segundo ela, para os americanos, futebol é mesmo coisa de menina.
Jornal da Unicamp – A senhora disse em uma de