Do Capitalismo Originário ao Atrasado
Processo de Industrialização: Do Capitalismo Originário ao Atrasado
O potencializador da Revolução Industrial foi a tecnologia do ciclo ferroviário. Ou seja, carvão, ferro e máquina a vapor. Essa era uma tecnologia simples, por esse motivo os países atrasados puderam incorporá-la. Isso ocorreu devido ao desenvolvimento manufatureiro que havia capacitado aquela camada de trabalhadores especializados para assimilar as técnicas inglesas. A simplicidade destas permitia sua difusão da Inglaterra por meio de trabalhadores que emigravam.
No início a tecnologia era incorporada pela importação de máquinas, devido ao desenvolvimento industrial, estas puderam ser fabricadas nos Estados Unidos, na França e na Alemanha, que eram capazes de absorver a tecnologia mais avançada da época. Esta é a dimensão do capitalismo concorrencial, a impossibilidade do controle monopólico da tecnologia, o que explica os países atrasados estarem tão próximos da Inglaterra tecnologicamente.
O movimento de inversões da industrialização implicou verdadeira revolução, pois ao fim do processo de industrialização a estrutura econômica dos Estados Unidos, França, e Alemanha era qualitativamente semelhante àquela da Inglaterra.
A centralização de capitais necessária aos investimentos não oferecia obstáculos ao surgimento de novos capitais individuais. Assim, não estabeleciam barreiras insuperáveis aos países atrasados, os quais puderam então interiorizar os principais ramos da indústria, reproduzindo a estrutura industrial vigente na Inglaterra. Dessa forma, a concorrência entre capitais podia ser levada também ao plano internacional.
Tanto o livre-câmbio, quanto a redução das tarifas alfandegárias foram adotadas como medidas no processo de industrialização sem que a concorrência inglesa sufocasse o surto de desenvolvimento dos capitais industriais nacionais.
Em síntese, a capacidade das nações atrasadas de incorporar setores de produção, pois as importações