Resenha 2 Ticiane
Por Ticiane Lorena Natale
2ª Resenha – 2009
Grande destaque foi dado ao papel do Estado, na resenha anterior. O bloco de textos atual vem agora trazer a preocupação com as empresas no processo de inovação, situando-as, muitas vezes, em posição privilegiada. De qualquer maneira, as políticas e diretrizes estatais sempre merecerão espaço e, nesta, evidenciaremos alguns de seus mecanismos para inserção do setor privado na política nacional de inovação. As referências para tal são: a compilação de estudos do IPEA (Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada), “Políticas de Incentivo à inovação tecnológica no Brasil” organizados por João de Negri e Luis Kubota, e o livro “Inovar ou inovar - A indústria brasileira entre o passado e o futuro” do sociólogo Glauco Arbix.
Porém, o livro-base designado para este ciclo, “Processo de Industrialização – Do capitalismo originário ao atrasado” do economista Carlos Alberto Barbosa de Oliveira, cumprirá, na presente resenha, o papel de elucidar como o processo de industrialização é intimamente determinado pelo desenvolvimento do sistema capitalista. A partir dele é possível entender a posição dos países na nova ordem internacional, bem como seus impactos para a tecnologia de cada nação. Começaremos, então, pelo próprio.
1. Padrões de Industrialização
Carlos Alberto Barbosa de Oliveira, em seu livro, preocupa-se com a teoria do desenvolvimento que, por seu caráter ahistórico e abstrato, retira do processo de industrialização as especificidades que cada país enfrenta, decorrentes das suas próprias condições acumuladas historicamente . Nem, tampouco, seria possível a construção de qualquer outra teoria geral ou modelo; possível, sim, seria a identificação de padrões.
São eles: a industrialização originária (referente unicamente à experiência inglesa), a atrasada (ocorrida em grande parte dos países europeus, Estados Unidos, Japão, etc.) e a tardia (onde