diálogos com os trabalhadores
Diálogos sobre violência
Nos diálogos sobre violência os dois trabalhadores informaram sobre suas rotinas de trabalho, estrutura física dos locais onde trabalham, disponibilidade de recursos materiais e humanos e vários aspectos envolvidos nas relações de trabalho com superiores, subordinados, usuários do serviço (ou clientes). Falaram inclusive sobre o efeito do trabalho em suas vidas pessoais (rotinas, viagens, condições físicas e mentais).
O relato parecia mostrar uma situação de trabalho sem qualquer tipo de violência, pois mesmo quando perguntei sobre possíveis situações de desentendimento entre pessoas eles disseram resolver tudo com tranquilidade e que não vivenciaram ameaças ou agressões de qualquer tipo. Só ao perguntar sobre o respeito aos direitos trabalhistas que ambos relataram que assinaram um contrato de 3 meses (há cerca de 1 ano), que este nunca foi renovado e que o “empregador” (neste caso, a prefeitura) não paga os tributos trabalhistas determinados por lei (INSS, FGTS, por exemplo). Eles trabalham em clínicas particulares para complementação de renda.
Ficando constatada então a ocorrência de violência relacionada ao trabalho conforme a proposta conceitual de OLIVEIRA e NUNES (2008) como sendo “toda ação voluntária de um indivíduo ou grupo contra outro indivíduo ou grupo que venha a causar danos físicos ou psicológicos, ocorrida no ambiente de trabalho, ou que envolva relações estabelecidas no trabalho ou atividades concernentes ao trabalho. Também... toda forma de privação e infração de princípios fundamentais e direitos trabalhistas e previdenciários...”. (OLIVEIRA, 2008)
Diálogo sobre bom trabalho
Ana falou sobre sua rotina pessoal e de trabalho. Falou de suas atribuições dentro da empresa e da relação que tem com colegas, chefes e outras pessoas relacionadas ao trabalho nesta empresa.
Para melhor coletar dados relacionados aos 8 benefícios que caracterizam o emprego gratificante (SNYDER e LOPEZ, 2000). Passei então