Divisão social da escola
Resumo:
Segundo o autor, desde, o início do século XV, começou-se a dividir a população escolar em grupos da mesma capacidade que eram colocados sob a direção de um mesmo mestre, num único local. Mais tarde, ao longo do século XV, passou-se a designar um professor especial para cada um desses grupos, que continuaram a ser mantidos, porém, num lugar comum. Finalmente as classes e seus professores foram isolados em salas especiais, e essa iniciativa de origem flamenga e parisiense, gerou a estrutura moderna de classe escolar. Esse processo correspondeu a uma necessidade ainda nova de adaptar o ensino do mestre ao nível do aluno. A distinção da classe, segundo o autor, indicava uma conscientização da particularidade da infância ou dessa juventude, e do sentimento de que no interior dessa infância e juventude existiam várias categorias. Se no mundo exterior, as idades se confundiam, a criação de classes no século XVI estabeleceu subdivisões no interior dessa população escolar, repartindo os alunos segundo sua idade e seu desenvolvimento. Prestava-se sempre mais atenção ao grau do que à idade. No início do século XVII, a classe não possuía a homogeneidade demográfica que a caracterizava desde o fim do século XIX, embora se aproximasse constantemente dela. As classes escolares que se haviam formado por razões não demográficas, serviriam gradualmente para enquadrar categorias de idades, não prevists no inicio, havendo uma relação despercebida entre a estruturação das classes e as idades, despercebida porque estranha os hábitos mais comuns.
Citações: . “Algumas vezes havia uma coincidência entre a idade e o grau, mas nem sempre, e quando havia contradição, a surpresa era pequena, e, muitas ve- zes, nenhuma.” (p.173).
“Mas