Divisão modal dos transportes
O transporte urbano no Brasil abrange uma grande quantidade de opções para o modo de locomoção de pessoas. Dentre as principais opções, destacam-se as seguintes modalidades: transporte a pé, com automóveis, transporte público, motocicletas e bicicletas.
Um estudo feito em 2000, pelo IBGE, revelou a divisão geral do modo de transporte urbano no Brasil. Segundo a pesquisa, 44% das pessoas se locomovem a pé, 19% através de automóveis, 29% através de transporte público, 1% utilizam motocicletas e 7% através de bicicletas. Para efeito de comparação, realizando-se a mesma pesquisa no ano de 2010, obteve-se resultados diferentes dos obtidos na pesquisa anterior. Para a nova pesquisa, 37,3% das pessoas se locomovem a pé, 27,1% através de automóveis, 3,2% utilizam motocicletas, 3,2% através de bicicletas e 29,1% através de transporte coletivo. Nessa porcentagem de transporte coletivo, 20,6% é municipal, 4,8% é metropolitano e 3,7% é sobre trilhos.
Analisando-se esses resultados, pode-se concluir que o perceptível aumento no fluxo de transito nos centros urbanos pode ser explicado pelo aumento na quantidade de pessoas se locomovendo através de automóveis. Esse aumento pode ser justificado pelas grandes facilidades de aquisição de novos automóveis nos últimos anos e o crescente aumento no poder aquisitivo da chamada classe media, tomando uma grande fatia desse pico de produção de carros.
Além disso, chama a atenção o aumento da utilização de motocicletas no transporte de pessoas, considerando que é um modo de locomoção de pequena capacidade. Esse aumento se deu pela absorção da redução no transporte a pé. Fato que poderia ser evitado se houvesse a migração para o transporte publico, já que este permaneceu praticamente estagnado. Deve-se observar que nos últimos anos o transporte coletivo não recebeu o devido investimento, não tendo condições de se expandir.