Divisão do Trabalho
Karl Marx afirma que o novo estado de divisão do trabalho é determinante nas relações dos indivíduos entre si com referência a material, instrumento e produto do trabalho.
É só com o trabalho industrial , no modo de produção especificamente capitalista, que se dá de fato a divisão entre trabalho manual e trabalho intelectual.
Na manufatura, ou modo de produção pré-capitalista, o trabalhador é explorado, mas não é despojado do seu saber. O capital se apropria do trabalho, mas a alienação é apenas do corpo.Com a entrada do sistema capitalista ocorrem algumas mudanças relevantes nos modos de produção. Já no modo de produção especificamente capitalista (trabalho industrial), o processo de trabalho é desmontado pelo capital que o remonta à sua própria lógica. A alienação é então total. O trabalhador da manufatura torna-se propriedade do capital.
O filme Tempos Modernos de Charles Chaplin busca mostrar a alienação causada pela divisão do trabalho através de modelos de produção como o fordismo e o taylorismo modelos esses que resumidamente visam fazer com cada trabalhador desenvolva uma atividade específica no sistema produtivo da indústria (especialização do trabalho). Cada indivíduo deve cumprir sua tarefa no menor tempo possível, sendo premiados aqueles que se sobressaem. Isso provoca a exploração do proletário que tem que se “desdobrar” para cumprir o tempo cronometrado.
No filme podemos perceber outras características desses modelos, através do tempo reduzido para almoço e a forma como o trabalhador se sente após horas de um mesmo movimento sendo repetido por incontáveis vezes ao dia, um transtorno causado pela ganância dos proprietários de fabricas que não se preocupam com o bem estar dos trabalhadores, apenas visa o lucro.