Divina
As relações fraternas: - Toda pessoa humana nasce no seio de uma família, que é a primeira comunidade de amor. É ali que ela vai desenvolver seus dons e suas capacidades inatas. O ser humano só consegue tomar consciência do mundo e dos outros, através do amor e da partilha que se dá na vida em comunidade. Existem vários tipos e modelos de comunidades. Falamos aqui de comunidades cristãs, comprometidas com a fé e pelos laços de fraternidade. Viver em comunidade, nesta perspectiva, é lutar pela paz e pela justiça no mundo. A comunidade cristã não esquece os mais pobres e miseráveis. Ela vai lutar em defesa dos mais fracos, os prediletos do Evangelho.
A mística comunitária: - Não basta estar juntos, um ao lado do outro na mesma casa. É preciso que haja objetivos comuns, metas bem definidas, prioridades básicas que favoreçam a superação do individualismo. Faz-se necessário vivenciar as relações interpessoais. A comunidade cristã tem um elo que une e fortalece os seus membros, é a mística do serviço e da oração em comunidade. Hoje, mais do que nunca, há uma grande busca de relações autênticas por parte das pessoas, não só no plano religioso, onde se procura superar o egoísmo e a indiferença, mas também no plano social, político, cultural, recreativo... Por toda parte há uma grande sede de amizades e convivências fraternas. Buscam-se pessoas confiáveis, capazes de acolher e amar.
A Sagrada Escritura: - Todo o Antigo Testamento é uma tentativa de organizar o povo em grupos. De um povo rude e primitivo, tenta-se criar um espírito de fraternidade. A Escritura não esconde todos os conflitos existentes nas relações comunitárias e mesmo familiares, aliás, ela descreve tudo, às vezes, até nos pormenores. Há assassinatos, rivalidades e vinganças brutais, até mesmo entre pais e filhos, dentro da própria família. O próprio Rei Davi tem que fugir, de uma maneira humilhante, diante da perseguição de seu próprio