Hierarquia Divina

Hierarquia divina
No princípio era Apsu, a extensão infinita das águas doces, e Tiamat, a água salgada - o mar. Quando estas duas águas, a fértil e a infértil, se uniram, nasceu toda uma série de deuses bárbaros e criaturas monstruosas. Estes primeiros deuses assim criados representavam os diversos aspectos do mundo. Em primeiro lugar, nascem Lahmu e Lahamu, serpentes gigantescas que dão origem a Anshar (o princípio masculino) e a Kishar (o princípio feminino), que marcam os limites entre o céu e a terra, «separando a nuvem do lodo». Dá então origem a An, deus do Céu, que, por sua vez, engendra Enki, parecido com ele, mas mais sábio e mais forte, e, depois, ao conjunto dos deuses menores: os Igigi e os Anunnaki.
An, deus do Céu, representa a os cosmos. Juiz supremo, é ele quem rege os conflitos entre os deuses. Tomando a defesa de Inanna, vai lançar o Touro celeste contra Gilgamesh e Enkidu, e ficar a favor da humanidade quando Enlil solta seu o dilúvio.
Enlil, deus dos ventos, reina sobre a terra e tem como armas principais o amaru (o dilúvio) e o furacão. Enlil seduz uma jovem, Ninlil, a dama do Vento. Castigado pelos deuses, é enviado para os Infernos. adquirirá entre os Fenícios um carácter muito mais temível, como divindade aterradora que exige incessantes sacrifícios humanos. A sua companheira Ninlil ou Ninhursag amamenta aqueles que Enlil nomeou como reis da Terra.
Enki, deus sábio, gere as questões terrestres. Inteligente, é por o civilizador, aquele que resolve os problemas e que ensina os homens a resolvê-los. Deus das águas doces e fertilizadoras, é repre­sentado com dois fios de água que se saem das suas mãos. As suas duas filhas, Inanna e Ereshkigal, reinam uma sobre o Amor e a outra, esposa de Nergal, sobre os Infernos. Teria criado o homem, com o auxílio de Ninmah, para libertar os deuses da tarefa cansativa de escavarem canais de irrigação. Os deuses celebram esta ideia com um banquete, e Ninmah, ébria, afirma ser capaz de fabricar esses futuros