umbanda
As sete linhas de umbanda são, na verdade, as sete irradiações vivas de Deus. Muitos autores umbandistas deram às sete linhas varias classificações, todas baseadas no conhecimento corrente então, pois o sincretismo com a religião católica mesclava os Orixás com os santos católicos, já que só assim conseguiam praticar a umbanda. A cultura brasileira é cristã. Logo, nada mais correto que associar os Orixás aos santos católicos, pois assim estes eram, e ainda são, os amortecedores da transição religiosas dos novos adeptos da Umbanda. O assentamento dos santos católicos nos altares dos templos de Umbanda facilitava, e facilita a transição, pois o novo fiel vê neles ícones tidos como sagrados em sua antiga religião, e isso torna o ambiente mais familiar, receptível e assimilável. Os orixás e a espiritualidade sabedores da delicadeza de toda transição religiosa, até estimularam o uso de ícones religiosos cristãos nos tempos de Umbanda. O sincretismo confundiu duas religiões e a existência destas nossas sete linhas embolou tudo, dificultando sua explicação lógica e correta. Alguns umbandistas as descreviam como: linha do oriente; linha de santo; linha de São Jorge; linha de São Gerônimo; linha africana; linha de São Lázaro; linha de Oxalá, etc. Tudo ficou confuso porque confundiram as correntes ou irradiações religiosas evocadas pelos espíritos-guias quando questionados sobre a qual Orixá pertencia. Mas tudo isso foi necessário, pois nos tempos de então a preocupação dos espíritos mentores da Umbanda era a de fundar e concretizar uma religião e não codificá-la. Espíritos oriundos de muitas religiões congregaram-se na Umbanda e cada um trazia ainda latente a sua última formação religiosa. Essa diversidade de formações religiosas dos espíritos também foi e ainda é, um fator de confusão entre os intérpretes umbandistas, já que, se um espírito-guia é hindu ou árabe, como encaixá-lo na hierarquia dos Orixás? Muitas pessoas,