Vidas secas
Vidas secas é famoso por fazer dos leitores capazes de notar e sentir toda essa secura, e nos mais sensíveis, até sede; algo que particularmente não me atingiu, não dessa forma. O fato que mais me comoveu na história foi a miséria da família, e um fato importante da história que eu já havia ouvido, mas lendo o livro eu pude perceber melhor: A personificação dos animais e o homem se tornando animal. Baleia, a cadela de estimação da família, chega a ser mais humana do que os próprios personagens da história. Eu percebi também que nos capítulos em que Baleia é um foco, a narrativa é mais solta, rica de palavras e mais descritiva. Enquanto a narração que se foca nas personagens humanas é direta, sem sentido algum, e com pensamentos quase que irracionais. Baleia chega a se comunicar melhor do que o próprio Fabiano (o pai da família). E chega a ter uma importância na vida da família maior do que dos próprios filhos do casal - eles sequer possuem nomes, na narração são apenas O filho mais novo e O filho mais velho.
As personagens humanas, nesse livro, chegam a ser verdadeiros animais, e várias vezes Fabiano diz para si mesmo que ele é um animal; Outra cena que comprova esse lado "selvagem" do ser humano, foi quando a família ia para a festa de natal da cidade, e enquanto caminhavam, se sentiam desconfortáveis com aquelas roupas, então, eles começam a