Diversidade linguistica
Não é preciso ser um lingüista para perceber a grande diversidade lingüística a nossa volta, principalmente quando se vive numa região tão nova como o sertão de canudos onde é difícil você se deparar com descendentes dos “filhos da Terra”, é bem verdade que parte da população jovem é nascida aqui na terrinha, porém conserva fortes traços lingüísticos de seus pais e apesar de, aparentemente, as pronúncias não divergirem muito, quando se trata do vocabulário você se depara com palavras desconhecidas e não raras vezes cômicas.
Pode-se perceber a sua variação a todo o momento, é um amigo de outra região, é um visinho mais velho ou mais novo e até mesmo quando interagimos com o outro sexo, as diferenças são tantas que nos leva a acreditar que a língua é um organismo vivo que está sempre em constante modificação.
O pior de tudo isto é que de repente nos deparamos criticando um colega que falou de tal maneira, o pai que usou tal termo e até o professor gaúcho de filosofia com seus “barbaridades tche”. O policiamento é tão grande que até nós mesmos nos vemos com dificuldade de fazer uma resenha com medo de usar aquela ou esta palavra que não agrade ao professor por não está de acordo com a língua padrão. Opa! E por falar em língua padrão de onde é que veio esta idéia maluca de dizer que tem que ter um padrão pra tudo.
Crescemos ouvindo que a língua natural que estávamos falando estava errada – seu muleque que palavra é esta, inté parece que não estuda? – e de repente você começa a achar que as pessoas que estão a sua volta vivem falando errado. E quando começa a entender de “português”, não o português do livro de história, mas o tal do português da gramática você descobre que, apesar do seu repertório de piadas sobre português, você não entende é nada sobre ele. Mas, ôxente, que confusão!
Na escola você vai aprender uma tal de “norma culta” aquela que está na gramática e, olhe, logo entendi que estes gramáticos sabem mesmo de