Diversidade linguistica
Computacional (ILTEC) em colaboração com a Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular (Ministério da Educação) e com financiamento da Fundação Calouste Gulbenkian.
2003-2005
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Projecto Diversidade Linguística na Escola Portuguesa
(ILTEC)
Diversidade Linguística na Escola – uma problemática global
1
Introdução
A maioria dos países do mundo está hoje confrontada com uma população escolar heterogénea do ponto de vista cultural e linguístico.
As políticas de educação linguística dos velhos estados-nação, baseadas e ao serviço do princípio “uma nação-um estado-uma língua”, revelam-se hoje inadequadas face ao desenvolvimento de sociedades caracterizadas por:
•
primado dos valores da democracia e dos direitos humanos, neles incluídos o direito à identidade linguística;
•
altos índices de mobilidade transnacional de cidadãos, por razões políticas e económicas; •
uma economia globalizada em que as fronteiras nacionais tendem a esbater-se, multiplicando-se os contactos entre os indivíduos dos mais diversos espaços geopolíticos; •
altos níveis de exigência na formação das populações, como condição indispensável no combate ao fenómeno da exclusão social, sendo que o sucesso da formação é directamente dependente da competência do formando na língua em que se realiza a formação.
Recai sobre a escola a imensa responsabilidade de acolher, de modo inclusivo, a diversidade linguística e preparar os cidadãos e a sociedade para a diversidade linguística. O não acolhimento da diversidade cultural e linguística pela escola parece contribuir significativamente, um pouco por todo o mundo, para a manutenção e reprodução de índices elevados de exclusão ou de desnivelamento social das populações minoritárias.
Na verdade, a centralidade instrumental da língua no processo de