Ditadura mídia-lar
Uma “Ditadura Mídia-Lar”
Trabalho entregue ao professor Gilberto Felisberto Vasconcellos, da disciplina de Sociologia da Comunicação, feito pelo estudante Yuri Alves Fernandes – Jornalismo 2012.1
Juiz de Fora, 11 de Abril de 2012
Uma “Ditadura Mídia-Lar”
O golpe de 1964 que depôs o presidente Jango marcou o início de um sistema de governo dominado por militares. Tal deposição foi apoiada por diversos meios de comunicação como o jornal “O Globo”, o “Diário de Noticias”, o “Jornal do Brasil” entre outros. Surge, justamente um ano depois, a Rede Globo, que começou sendo uma pequena emissora carioca, porém foi crescendo e tomando dimensões inesperadas durante o regime militar. Mas como é possível uma emissora crescer tanto em um momento crítico do país onde havia um controle rígido e nada era transmitido sem autorização dos militares?
Nada passou de uma troca de favores. O governo garantia certos favorecimentos à Rede Globo que em troca fazia uma propaganda positiva do governo militar. Exemplo disso foi no caso da CPI instaurada contra a emissora carioca, que alegava que “A existência da TV Globo foi fruto de uma parceria não permitida por lei, com o capital estrangeiro”. Porém o presidente Castelo Branco logo tratou de considerar as acusações infundadas, fechando o inquérito, em 1967 (Texto: Império ideológico, Danielson Roaly). Isso prova a total cumplicidade entre ambas ou até mesmo a autonomia que o governo possuía sobre a “Globo”.
A Rede Globo foi crescendo e acabou se tornando o principal meio de comunicação do país. Sempre se posicionando diante de um candidato ou outro, a emissora se garantiu como um grande meio de influência política e de formação de opinião. Tal posição diante da sociedade, fez com que as outras emissoras se padronizassem ao estilo Globo. Ocorreu