Ditadura Militar Em Sergipe
Sergipe ficou sem eleger, diretamente, seu governador, por longos e exatos 20 anos. Nesta quadra discricionária, governaram Sergipe Celso de Carvalho, que na condição de vice assumiu o lugar de Seixas Dória, preso e deposto do Governo com o golpe militar de 1964; Lourival Baptista, indireto; João de Andrade Garcez, eleito indiretamente, para um mandato tampão, uma vez que Lourival Baptista renunciou para ser candidato a senador e o vice-governador, o professor Manoel Cabral Machado foi nomeado para o Tribunal de Contas do Estado; Paulo Barreto de Menezes, indireto, José Rollemberg Leite, indireto; Augusto Franco, indireto, renunciou em maio de 1982, assumindo em seu lugar o vice Djenal Queiroz, encerrando o ciclo do autoritarismo. Em 1982, ano das eleições diretas para governador do Estado, o quadro político sergipano apresentava, ainda, a força do PDS, sucedâneo da Arena, e do PMDB, que substituiu o MDB. A Arena tinha dois senadores – Lourival Baptista, indireto, também denominado “biônico” e Passos Porto -, e o MDB um – Gilvan Rocha. Na Câmara Federal, eleitos em 1978, o placar era de quatro deputados da Arena – Antônio Carlos Valadares, Francisco Rollemberg, Raimundo Diniz e Celso de Carvalho, e dois do MDB – Jackson Barreto e Tertuliano Azevedo. Na Assembléia, eleita em 1978, dos 18 deputados 12 era da Arena e seis do MDB, ainda assim um do MDB aderiu à Arena, passando as bancadas a 13 de um lado, e cinco do outro. O senador Gilvan Rocha apresentava-se como candidato a governador, credenciado pelo brilho do mandato de senador, que colocou Sergipe no plano nacional. No PDS não parecia haver um nome capaz de enfrentar o senador Gilvan Rocha na eleição direta, porque ainda havia lembrança viva da eleição de 1974, para o Senado, quando o jovem e desconhecido médico derrotou Leandro Maciel, a grande e longévua liderança da política sergipana, com larga margem. Dizia-se, à época, que o governador Augusto Franco elegeria quem quisesse,