Ditadura argentina
Em março de 1976, quando, na Argentina, o gal. Videla comandou um golpe militar, tinha ao seu lado a sociedade , as forças produtoras e a imprensa que clamavam contra a desorganização do governo de "Izabelita Peron". A sociedade tinha medo de que houvesse uma onda de terrorismo igual à de diversos países do mundo. Mas o remédio foi bem pior, pois a ditadura instalada foi bem pior
A Doutrina da Segurança Nacional foi o pano de fundo dessas ações, agindo como uma ideologia de justificativas e afirmação de critérios indispensáveis para instaurar o modelo político autoritário.
Os militares no poder abrigaram-se nesta "doutrina" elaborada nos centros de treinamento militar nos Estados Unidos, onde muitos desses oficiais tinham-se formado. Esta doutrina maniqueísta, fundava-se na divisão do mundo em dois blocos: um ocidental e outro comunista. A luta contra o avanço do comunismo é um argumento que permite tudo; seu esquema de funcionamento é: 1 -um golpe de estado militar ou a nomeação de um civil fantoche, de quem se afirma um caráter transitório, para instaurar um poder forte, que tem como objetivo só "estabelecer a ordem" antes da democracia chegar; 2 -a declaração do estado de sítio, com poderes excepcionais, suspensão da Constituição, restrição às liberdades democráticas e às atividades políticas e sindicais, controle da imprensa e concentração dos três poderes nas mãos do Poder Executivo.
Em todos os países da América Latina onde esta doutrina tem sido aplicada, os resultados foram semelhantes: violência e muitas mortes e desaparecimentos. Entre os diversos regimes militares que se instalaram na América Latina, houve diversas ações comuns, principalmente de troca de informações e até de aprisionamento de elementos "subversivos" fora de seus países, ao arrepio da lei. As mais famosas foram as "Operações Condor" e a Operação Cone Sul".
Veja o texto abaixo:
Em Buenos Aires, no 29 de maio de 2000, um grupo de 15 presos políticos